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Perigos da Inseminação Artificial Caseira

22 de novembro de 2010
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Circula na Internet como a “salvação” para mulheres que não conseguem engravidar, ou ainda para homossexuais que tem o desejo de ter filhos, várias maneiras de realizar uma Inseminação Artificial em casa. É a chamada “auto inseminação” ou “inseminação caseira”. Engana-se quem pensa que esta prática é vantajosa, pois existem diversos riscos à saúde, tanto para a mãe quanto para o feto.

Uma gravidez por vias não naturais requer cuidados, tanto físicos como psicológicos e, até mesmo, éticos. Para o processo da “inseminação artificial caseira”, a mulher precisa do sêmen de um doador, cuja compra é proibida no Brasil, sendo os bancos de sêmen gerenciados pelas clínicas de fertilização, como forma de garantir que sejam tomadas todas as medidas de biosegurança e seguidas as orientações e resoluções do Conselho de Medicina. Assim, a mulher teria que conseguir esse material de um doador “conhecido”, que a qualquer momento, com ou sem a sua autorização, pode reivindicar seus direitos de pai.

 

RISCOS

Além disso, a mulher realiza esse procedimento sem o mínimo de cuidado que teria uma clínica especializada. No procedimento caseiro, ela costuma utilizar materiais não esterilizados, correndo sérios riscos de contrair algum tipo de infecção, visto que a região da vagina é propícia à proliferação bacteriana, ou ainda, riscos de perfurações, devido a má utilização de instrumentais. Tudo isso para introdução de um sêmen praticamente sem espermatozoides vivos, já que a maioria destes morrem em contato com o ar.

 

MEDICAÇÃO

Precisa-se ter em mente que, numa clínica, existe um processo preparatório que aumenta as chances da inseminação resultar em gravidez: desde remédios que induzem a ovulação, preparação do sêmen, que precisa estar capacitado para a técnica [essa capacitação só é possível em tentativas de gravidez por vias naturais ou em laboratório, passando por processos de centrifugação e seleção dos melhores], até o apoio psicológico no decorrer do tratamento.

Assim, o ideal é sempre procurar um médico de sua confiança e realizar um processo de inseminação dentro de toda a biosegurança disponível. Correr riscos e alimentar esperanças por uma gravidez que, provavelmente, não chegará a se concretizar, só prejudica o sonho de ser mãe ou pai.

 

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